domingo, 30 de novembro de 2014

O AMOR E O TEMPO



    Num tempo e numa pequena ilha, confundida com o paraíso, habitavam os sentimentos como os habitantes da terra. Nessa ilha viviam em harmonia o Amor, a Tristeza, a Sabedoria, a Vaidade, a Alegria, a Riqueza e todos os outros sentimentos. Mas um certo dia a Natureza parecia ter-se revoltado, o Amor acordou apavorado porque sentiu que a ilha estava a ser inundada. Mas esqueceu-se lodo do medo que sentia e fez com que todos os sentimentos se salvassem. Todos correram e foram buscar os  seus barcos, e fugiram para um monte bem alto, de onde poderiam ver todos a ilha a ser inundada, mas sem que corressem perigo. 

    Só o Amor a que não se apressou, porque o Amor nunca se apressa... porque ele queria ficar mais um pouco na sua ilha. Mas quando já estava quase a afogar-se, o Amor se lembrou de que  não poderia morrer. Então correu rapidamente em direcção aos barcos que partiam e gritou socorro. A Riqueza que ouviu o seu grito, logo respondeu que não iria levar o Amor, pois com todo o seu ouro e prata que carregava temia que o seu barco se afundasse. Passou então a  Vaidade que disse que não podia levar o Amor, porque o Amor se tinha sujeitado demais ajudar os outros e a Vaidade não suportava sujidade. Logo atrás da Vaidade vinha a Tristeza, cujo os seus sentimentos eram tão profundos que não queria a companhia de ninguém, apenas queria estar sozinha. Passou também pelo Amor a Alegria, mas esta estava tão alegre que nem ouviu o pranto do Amor. 

    Já sem esperanças, o Amor sentou-se na última pedra que ainda se via à superfície da água e começou a chorar. O seu pranto era tão triste que chamou atenção de um velhinho que passava no seu Barco. O velhinho apanhou o Amor com os seu braços e levou-o para o monte alto juntando-o aos outros sentimentos. O Amor ainda em fase de recuperação perguntou à Sabedoria quem era o velhinho que o tinha ajudado, esta respondeu-lhe é o Tempo. O Amor Perguntou: Porque é que só o Tempo me pode trazer aqui? A Sabedoria então respondeu: Porque só o Tempo tem capacidade de ajudar o Amor a chegar aos lugares mais difíceis. Pois só com o tempo a que o Amor alcança o coração das pessoas que fecham o seu coração aos seus caprichos e Vaidades. Devemos abrir o nosso coração aos outros e não estarmos sempre a espera do tempo para salvar o Amor

 O AMOR

O amor e o tempo é sublime....
Momento de perfeição que eu quero:
Enquanto todo cenário nos redime;
O meu sonho se mostra mais sincero.
O amor com o tempo nada nos oprime...
Neste encanto é tudo quanto espero;
Tocar o quanto a vida mais estime,
Num acto sensato e de paz pondero.
Vivo a plenitude de um amor...
Imaginado de luz e de liberdade;
Uso acreditar no redentor:
O caminho da glória me invade.
Deixo para trás o meu sofrimento...
Tocado pelo manso e doce vento,
O amor e o tempo eu quero:
E amarei eternamente.

Autor: Santa Cruz

Direito do autor @reservado









sábado, 15 de novembro de 2014

MINHA ESTRELA DA NOITE



És a minha estrela da noite…
Que estás deitada a meu lado;
Fico imerso num turbilhão:
De paixão e de amor.
No céu nocturno…
Eu vejo a tua imagem;
Bela como uma flor de Jasmim:
Abraçando o nosso amor.
Na noite escura eu suspiro…
Pelo teu rosto de pérola mãe;
Amo-te! Como as sombras:
Dos amantes do amor.
Quero ir para o céu…
E nunca me esquecer de ti;
Feliz aniversário;
Amor da minha alma.

Autor. Santa Cruz


Nota: Poema escrito em Janeiro de 2009, de homenagem a minha esposa no dia em que fez 54 anos.

domingo, 2 de novembro de 2014

SÓ TEU

Agora que me fizeste teu…
Que tomaste o meu corpo;
E me aprisionaste a minha alma:
Nesse teu jeito inocente de ser.
Que me moldaste à tua medida…
E me preencheste em igual medida;
Que descobriste os segredos da minha pele:
E me prendeste ao teu amor.
Que me deste tudo o que podias…
E eu te dei tudo o que tinha:
E sonho em te dar sempre mais.
 E o meu  delicioso prazer  ...
 Vibra com o teu  prazer;
 Que faz querer-te dentro de mim:
 Não me ceguei por outras por te ver só a ti;
Com o amor que te tenho tatuei em mim.
 Agora que resumi todo o prazer em ti...
 Não agora que me encaixei:
E tu te deitas sobre mim;
Aonde a minha paixão me instiga:
O querer morrer debaixo de ti.

Autor: Santa Cruz


Da Antologia Poética publicada em 2013