domingo, 18 de maio de 2014

O MEDO


                                                  
É verdade, é que eu tenho medo de mim…
Agora passou a dor e já não é a mesma;
A paciência também não, eu já não sou eu.
A verdade é a que vejo nas minhas mãos;
E sinto-me inundado de sentimentos…
E quando penso é perder os meus sentimentos?
Pois já não existe mais o desespero:
De criança ou de adolescente.
Porque será meu Deus?
Pois já desejei tantas coisas.
Já criei tantas Histórias…
É porque já não sou capaz;
De querer seja o que for:
Desesperadamente.
Rezo ao meu  Senhor w meuDeus...
Porque tenho fome e anseio;
E não tenho vontade de viver:
Choro, porque não sei falar,
Daquilo que sinto dentro de mim.
Sofro, porque tenho a sensibilidade...
E o amor que eu queria:
Corro porque já não sei sentir;
A minha vontade de viver.
Se eu pudesse rezava a terceira oração…
Dai-me Senhor poucas coisas:
Porque eu não sei o que fazer com o resto.
Sim agora queria ser optimista!
Hoje não amanha talvez, hoje mesmo:
É isso que quero fazer.
Desabafar os sentimentos...
Que sinto dentro de mim:
Porque quero ser eternamente feliz.

Autor: Santa Cruz (Diácono Manuel Gomes)

@reservado o direito do Autor.

domingo, 4 de maio de 2014

QUERIDA MAMÃE


Mamãe tu me destes a vida e ensinas-me a vivê-la, a revolver os problemas, os medos, me deste as tuas mãos fazendo acalmar o meu coração. Muitas vezes! Mamãe, foste pra mim Pai, amigo, irmã, companheira das brincadeiras. Sempre dás um jeitinho de poderes acompanhar-me. Seguras as minhas mãos, e mostras-me o caminho a seguir, hoje sei como vais sofrer quando um dia soltares as mãos para eu seguir em frente. Sei que vais aplaudir meus sucessos, que te entristeces com meu pranto, sei também que sempre estás de braços abertos à minha espera.

Mamãe hoje; quero-te dizer do fundo do meu coração, que peço a Deus que te proteja, hoje quero dar-te, um abraço e muitos beijinhos, pelo amor e gratidão que tenho por ti. Apesar de saber pergunto a Deus porque permite que as mães se vão embora? Mamãe não tem limites, nem tempo, nem hora, e não se apaga, quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele, água pura, ar puro, e puro pensamento.

Mamãe! Morrer acontece como o que é breve, e passa deixando vestígios. Mamãe, a sua graça, para mim é eterna. Porque Deus se lembra do mistério profundo, e um dia vai tirar-te de mim? Se eu fosse o Rei ou Rainha do Mundo, fazia uma lei: Mamãe nunca morre, Mamãe fica sempre junto dos seus filhos e filhas, e eles, embora idosos, serão pequeninos feitos grãos de milho.
Beijinhos Mamãe

QUERIDA MAMÃE

Mamãe! Hoje quero dizer-te…
 Um segredo muito especial:
Eu amo-te e adoro-te!
Também sei que, no teu coração…
 Continuar a brotar para sempre;
 Um gesto novo de amor e carinho!
 Mamãe! Tu és capaz de esquecer…
 Os teus sofrimentos e dores;
Só para me ver feliz!
Hoje, quero escrever para ti…
O mais lindo e belo poema;
Mas como ainda não sei escrever:
Pedi ao avó Manel  para o fazer:
Quero pedir ao meu Deus...
Que proteja e ampare;
A criatura mais bela e encantadora:
Que me deu a minha vida.

BELEZA DIVINA

É ter um ventre abençoado;
Para receber com todo amor:
Os filhos que nele serão gerados.
É amar sem fronteiras…
Pelo seu instinto aflorado;
É viver intensamente,
Pelos seus filhos tão amados.
Nem os vê e já os ama…
Esses pedacinhos de gente;
Que transforma sua alma:
Mesmo quando ainda estão,
No seu Divino ventre.

Autor: Santa Cruz (Diácono Manuel Gomes)

@reservado os direitos do Autor.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

FALAR COM O SILÊNCIO


                                                                           
Ah! És tu o silêncio...
Entra, podes entrar;
Aqui não se cobra nada:
Não faço perguntas; 
Nem quero amigos, apenas por crer?
Se quiseres relaxar, sonhar, 
Viver em sossego e paz!
Podes entrar no meu refúgio;
E desfrutar do meu silêncio.
Se tiveres vontade de gritar...silencie!
Se tiveres vontade de estar em silêncio...
Escuta os sons que dele derivam!
Ah! Deixo que o silêncio me fale...
Que ele prenuncie as suas palavras,
Talvez abstractas, ou disformes;
Inclementes e insensatas...
Mas, eu permito que ele me fale;
Não o faço calar agora...
Não neste momento que me Inquieta:
A minha sensibilidade se aflora?
Deixo que ele me diga tudo.
O que em meu peito reside contudo...
Deixo que ele me fale consciente;
Tudo que há em mim presente.
Silêncio? Mergulho em ti mesmo;
Há em mim um nada e um pouco de tudo...
Mas é, tudo o que acreditei ser:
Silêncio. Que faz de mim, 
É o espelhar do meu ser!
Se nada me diz, ou pouco me importo...
Então a ele não abro as minhas portas;
Tenho a sensação exacta de o posso vencer?
Silêncios... Cheios de ecos e de questões...
No presente ele insiste, para que eu o escute;
Ouço o que ele me diz e, se quero ser feliz:
Então nele me recolho e penso.
Silêncio! Silêncio dos meus sonhos;
Silêncio dos meus Amores...
Silêncio! E mais Silêncio:
São os silêncios das minhas dores.

Autor: Santa Cruz (Diácono Manuel Gomes)

@reservado o direito do Autor.